Essa verdadeira “patrulha virtual” treinou militantes para fazer propaganda e criticar os “inimigos o partido”, sobretudo no Twitter e Facebook. Com o tempo, eles se especializaram e usam táticas para a guerrilha na internet.
Nas eleições do ano passado, ficou notório como agiram para desviar o foco da série de acusações que se multiplicavam contra os políticos e partidos citados por delatores no início da Operação Lava Jato.
Quatro anos atrás, o petista Adolfo Pinheiro, apresentou um plano de ação para “Espalhar núcleos de militantes virtuais por todo o país”, segundo ele mesmo. O material foi entregue ao presidente da legenda, Rui Falcão.
Tudo isso faz parte de um movimento defendido por petistas que defende a “regulamentação dos meios de comunicação”. Enquanto não conseguem aprovar leis nesse sentido, os militantes partiram para uma diversidade de estratégias, que inclui a criação de fanpages que usam vídeos e “memes” para divulgar sua agenda ideológica. Logo, a capilarização se estruturou e diferentes movimentos esquerdistas passaram a seguir essa cartilha.
Nos últimos dois anos ocorreu um verdadeiro boom de páginas defendendo o comunismo, o aborto, o feminismo, o movimento LGBT, entre outras pautas historicamente defendidas pelo governo que ora controla o país.
Numa espécie de resposta, também se multiplicaram as páginas consideradas “de direita” ou “conservadoras”, que na sua maioria apelam para o humor na tentativa de desconstruir as falácias dos argumentos ideológicos comunistas.
Dessa “batalha” virtual, surgiram movimentos que decidiram ir além da internet e mobilizaram em 2014 milhões de pessoas para irem às ruas pedirem mudanças no país. Com a vitória de Dilma Rousseff para um novo mandato e a multiplicação exponencial de denúncias de práticas de corrupção na última década, a polarização só aumentou.
Paralelo a isso, foi aberta a CPI dos Crimes Cibernéticos, que ouviu muitos desses militantes virtuais. Foi nesse âmbito que se destacaram as atuações de deputados que defendem a família e a liberdade, como Marco Feliciano. Na última semana foi armada em Brasília, em frente à praça dos 3 poderes um acampamento “pró-impeachment”. Através das redes sociais, pessoas foram mobilizadas e montaram suas barracas ali, prometendo sair somente após a saída de Dilma do poder.
Não por coincidência, um movimento coordenado neste final de semana acabou resultando na “derrubada” de quase uma dúzia de páginas “de direita”. As primeiras foram “Orgulho de Ser Hétero”, “Luana Basto”, “Humans of PT”, “Bolsonaro Zuero” e “Moça, Não sou Obrigado a ser Feminista”.
Fonte : Gprime
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